“Esse Pisa-S é comparável aos realizados pelos países desenvolvidos. Mas, agora, com esses dados, vai ser possível comparar os resultados com outros países para saber como estão os seus alunos em escala mundial. O aplicado pelo Inep é de forma amostral e não informa às escolas os seus resultados”, comentou o presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), Ademar Pereira.
Somente com escolas privadas, a proposta é atingir 100 instituições das 15 mil existentes no Brasil. A próxima prova está marcada para março de 2020 e o resultado será enviado para cada instituição participante em até 90 dias. Diferentemente do que ocorre com o Pisa, a frequência do Pisa-S será maior, podendo ter mais de uma edição por ano.
“As escolas, com esses dados individuais, vão saber o que melhorar e verificar o aprendizado individual do aluno para desenvolver políticas públicas e processos pedagógicos. Do ponto de vista político, essa informação vai estar num nível comparável com outros países”, comentou Pereira.
Para aderir, o colégio deve possuir pelo menos 42 alunos com 15 anos, faixa etária contemplada pelo exame, independentemente do ano cursado no ensino fundamental ou médio.
Uma prova-piloto aconteceu em 2017, com 13 escolas particulares e 33 públicas, sendo 23 somente de Sobral, no Ceará. Na estratificação dos dados por instituição, o Pisa-S mostrou que, individualmente, determinados colégios têm resultados equivalentes ou superiores aos de países desenvolvidos.
O desempenho se apresentou diferente da nota média do Pisa coordenado pelo Inep, que divulga apenas uma média do resultado geral dos países e regiões participantes e as notas individuais por sistema escolar.
O conteúdo abrangido pelo Pisa-S é igual ao Pisa. As questões serão de múltipla escolha e dissertativas. Elas abordarão compreensão de texto, conhecimentos matemáticos, de ciências e habilidades socioemocionais.
Os estudantes vão responder a um questionário sobre o contexto escolar, como a relação entre as equipes pedagógicas e alunos e fornecerão dados socioeconômicos. As provas são aplicadas online, mas ainda sem conexão com a internet para garantir a lisura do processo.
VEJA TAMBÉM: