Os manifestantes argumentam que a queima do carvão mineral leva a níveis inaceitáveis de emissão de carbono atmosférico e viola o Acordo de Paris, cuja esperança é limitar o aumento da temperatura média global a 1,5 graus Celsius em comparação aos níveis pré-industriais. Greta chegou ao local na sexta-feira (13), segundo um tweet em que ela aparece com um cartaz com a mensagem “deixem [o carvão] no chão”. No local, ela disse que “enquanto o carbono estiver na terra, a luta não acabou”.

Durante todo o mês a polícia de choque removeu os manifestantes do local. Cerca de mil policiais foram empregados na operação. Imagens de Greta sendo carregada pelos policiais circularam nas redes. Há ativistas que estão na vila há dois anos. A maioria das construções da vila já caíram e foram substituídas por maquinário de escavação.

A RWE e o Partido Verde da Alemanha negam que essa expansão aumentará substancialmente as emissões. O país ou por uma crise energética por depender, antes, do gás natural russo, que foi completamente substituído por gás de outros países, e por ter desativado a maioria das suas usinas nucleares. A própria jovem ativista expressou mudança de ideia sobre as usinas nucleares, depois de uma ampla campanha a favor da energia nuclear por ativistas mais experientes como Michael Shellenberger.

A lignite ou linhite, rocha de cor de amarela a marrom escura, constitui cerca de metade das reservas mundiais de carvão mineral. Ela é o primeiro estágio de formação geológica de carvão pela compactação de matéria orgânica e é considerada uma fonte pobre de carbono comparada a outras fontes como o carvão betuminoso. Geralmente, não compensa transportar o mineral a longas distâncias, razão pela qual a RWE não explorou outras jazidas no país.

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