Bonat autoriza ainda o o a “dados, arquivos eletrônicos e mensagens eletrônicas armazenadas em eventuais computadores ou em dispositivos eletrônicos de qualquer natureza ou em ‘nuvens’, inclusive smartphones, que forem encontrados, com a impressão do que for encontrado e, se for necessário, a apreensão, nos termos acima, de dispositivos de bancos de dados, disquetes, CDs, DVDs ou discos rígidos” e ao “conteúdo dos computadores e dispositivos no local das buscas e de arquivos eletrônicos apreendidos, mesmo relativo a comunicações eventualmente registradas”.

Além disso, cofres que não sejam abertos voluntariamente podem ser arrombados pelas autoridades policiais, segundo a decisão.

Procurada pela reportagem, a Techint informou, por meio de nota, que a investigação foi iniciada em 2014 e que a empresa forneceu todas as informações solicitadas.

Investigação envolve contratos executados na Bahia e Rio de Janeiro

O MPF identificou indícios de atuação cartelizada em favor da Techint nos contratos para realização de obras, em consórcio com a Andrade Gutierrez, na Refinaria Landulpho Alves, na Bahia, em 2007, e no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, em 2010; e, em consórcio com a Odebrecht, para construir o Gasduc III, em 2008, no Rio Janeiro. Somente esses três contratos totalizariam mais de R$ 3,3 bilhões, de acordo com o MPF.

Ainda segundo o MPF, a Techint, “com a determinação e consentimento da alta istração do grupo ítalo-argentino”, teria pago, entre 2008 e 2013, US$ 12 milhões em favor do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato de Souza Duque como contrapartida à contratação da Confab Industrial para fornecimento de tubos para a Petrobras. Os contratos entre a empresa e a estatal somariam mais de R$ 3 bilhões.

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