Além do pagamento de propina, Celso de Mello cita em sua decisão a existência de uma “requintada engenharia financeira” para dar aparência de licitude ao dinheiro que teria sido pago a Souza.
A operação, segundo as investigações da Polícia Federal, envolveu empresas de fachada sediadas no exterior e a emissão de notas fiscais fictícias.
Além de Sérgio Souza, também está entre os investigados o ex-diretor-geral de Itaipu que ocupou o cargo durante a gestão de Michel Temer, Marcos Stamm. Ele atualmente está nomeado como assessor no gabinete de Souza na Câmara dos Deputados.
Em nota, o deputado diz ter sido “tomado de surpresa em relação à operação realizada pela Polícia Federal”. Ele disse estar tranquilo e se colocou à disposição da Justiça para elucidar qualquer fato que seja necessário.
“Sérgio Souza lembra que, como relator da I dos Fundos de Pensão, trabalhou com afinco para produzir resultados efetivos e que o texto final aprovado levou a diversas ações da Polícia Federal, entre elas a Operação Greenfield. A partir deste trabalho parlamentar, foram identificados desvios bilionários dos fundos de pensão e proposto o indiciamento de mais de 300 pessoas físicas e jurídicas”, diz a nota.